A paz foi substituída pelo terror em Macomia. Desde o início de outubro, as comunidades de Mucojo e Quiterajo, localizadas a 40 e 70 quilômetros da sede do distrito, respectivamente, têm sido sacudidas por intensos confrontos entre as forças de segurança e grupos rebeldes. O medo e a insegurança tomaram conta da região, forçando muitos a abandonar suas casas e campos.
"É como viver no inferno", desabafa um camponês de Nambine. "A cada dia, o som de tiros e explosões nos acompanha. Não temos mais paz." A constante ameaça de ataques tem levado a população a viver em estado de alerta máximo.
Em Namigure, a situação não é diferente. Um agricultor local expressa sua angústia: "Ficamos com medo de sair de casa. Não sabemos quando os rebeldes podem atacar nossas aldeias." A incerteza sobre o futuro e a falta de segurança têm gerado um clima de pânico generalizado.
O terror se estende até mesmo à sede de Macomia, onde o som das batalhas é claramente audível. Um comerciante local relata: "A situação é desesperadora. Não podemos mais trabalhar em paz. O medo nos paralisa."
Localizado em uma região estratégica, Macomia tornou-se um dos epicentros da violência em Cabo Delgado. A estrada nacional EN380, que corta o distrito, tem sido palco de emboscadas e confrontos, dificultando o acesso a alimentos, água e serviços básicos para a população.
As autoridades moçambicanas e as forças de segurança de Ruanda afirmam estar intensificando os esforços para combater os insurgentes. Em setembro, anunciaram a morte de dez terroristas em Mucojo. O Presidente Filipe Nyusi também assegurou que as operações militares estão tendo sucesso, com a destruição de importantes bases rebeldes e a captura de material bélico.
No entanto, para a população de Macomia, as promessas de segurança parecem distantes. A vida cotidiana foi completamente transformada pela violência, e a esperança por um futuro mais tranquilo parece cada vez mais tênue.
Desde o início de outubro, as regiões de Mucojo e Quiterajo em Cabo Delgado têm sido palco de intensos confrontos entre forças militares e rebeldes, causando preocupação entre a população e camponeses locais. Muitos relatam medo constante devido ao som de armas e bombardeios. Os confrontos resultaram na morte de vários rebeldes e militares, e o presidente moçambicano afirmou que importantes acampamentos insurgentes foram destruídos e materiais capturados.
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